Sem corrupção, PIB per capita seria 30% maior

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Apontada como um dos principais problemas do Brasil, a corrupção nas instituições é responsável por um rombo crescente nas contas do país. Mas quanto exatamente custam os desvios de dinheiro? Um estudo realizado por pesquisadores do Fundo Monetário Internacional, o FMI, mostram que o fim desse problema poderia aumentar em até 30% o Produto Interno Bruto, o PIB.

Para chegar ao resultado, os economistas projetaram um cenário onde o Brasil teria condições semelhantes às da Costa Rica, Chile e Uruguai, os países menos corruptos da América Latina. Nesse caso, o PIB per capita teria uma elevação de US$ 3 mil, quase R$ 10 mil.

O problema não é exclusivo do país. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, a corrupção custa, por ano, 5% do PIB Mundial, cerca de US$ 2,6 trilhões. “Existe um problema de ovo e galinha quando se estuda corrupção e renda. Os países que são mais ricos têm mais recursos para combater a corrupção, então fica difícil isolar causa e efeito”, declara Carlos Eduardo Gonçalves, um dos responsáveis pela pesquisa, em entrevista à Folha de São Paulo.

Em busca de compreender a relação entre renda e corrupção, os economistas incluíram o índice de “heterogeneidade étnico-religiosa” dos países, partindo da premissa de que quanto mais heterogêneo um país é, maior a corrupção. “Quando todo mundo é parecido entre si, é menos provável que um grupo tente roubar para favorecer os seus”, explica Gonçalves. Esse critério foi usado na pesquisa também porque não afeta diretamente o PIB, o que ajuda a obter resultados mais precisos e com menos chances de erros.

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